quinta-feira, 29 de março de 2012

“Veio a furo”



Muitos de nós, quando crianças, já colocamos pomada de basilicão ou outro remédio caseiro para algum “furunco vir a furo”, não é mesmo? São muitos os remédios e simpatias, mas o corpo acaba por expulsar a infecção da pele, na maioria das vezes, num processo que se usa chamar de “vir a furo”. Fazendo uma analogia um pouco exdrúxula com o calçamento (engraçado, raramente comento sobre este assunto, perceberam?), semanas atrás, no alto da Rua São Francisco, acima da Casa de JK, tantos estragos que tem, parece que “veio a furo”. Fiz uma montagem com as fotos de alguns destes locais. Uma semana após, uma equipe passou por lá e tampou-os como de costume – com cimento, e algumas horas depois, o trânsito voltava a passar por cima do remendo. Já é rotina para o diamantinense ver estes remendos serem feitos apesar de que esta ação é uma perda de tempo, de dinheiro e que não irá, definitivamente, resolver o problema. Prova disso é outra foto que fiz alguns dias depois, de um destes conserto, no qual não se teve nem o mínimo cuidado de colocar a pedra no nível correto, deixando uma ponta saliente. Apenas colocaram cimento ao redor, que, logicamente, já se foi. Porque insistir neste assunto? Porque já faz quase um ano que entreguei o Manifesto Acerta Pedra ao senhor prefeito municipal que, aparentemente iria providenciar a sua realização, mas até a presente data, não houve manifestação de que isso irá ocorrer. Explico que desta vez, não se trata de “pitaco” e sim de uma intenção real de ajudar a reciclar a turma que atua na manutenção do nosso calçamento. É necessária uma reciclagem deste pessoal já que o ofício de calceteiro torna-se cada vez mais raro. É preciso aproveitar as informações dos mais velhos, que já tiveram experiência com o calçamento do tipo recunhado para repassar à geração, que está no auge da força. Se não fizermos isso, este saber irá se perder no ocaso do tempo. Este é o motivo da minha insistência por uma ação que só pode ser realizada com a aquiescência dos gestores. Outro motivo é que há muitas pessoas que me perguntam, após o alarido que foi feito no ano passado, que fim levou o Manifesto Acerta Pedra? Resposta: atualmente está parado, mas nós estamos na área.
Ricardo Lopes Rocha

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